Quando em 1982 a APPC foi convidada a participar nos Jogos Mundiais de Desporto para a Paralisia Cerebral em Greve, Dinamarca, estávamos longe de imaginar os mais de 30 anos de sucessos em eventos de âmbito Europeu, Mundial e Paralímpico.
Modalidades como o atletismo, o boccia, o ciclismo, o futebol e a natação fizeram a APPC compreender a importância dos excelentes efeitos terapêuticos ao nível da estimulação intelectual, da coordenação motora, da capacidade de concentração, do estímulo para as relações inter-pessoais, enfim, de uma grande quantidade de factores dinâmicos e por isso mesmo mais motivantes do que a reabilitação tradicional.
Neste contexto, temos vindo a assegurar um programa de desenvolvimento desportivo com destaque para o boccia, sem dúvida a modalidade mais querida e que mais se adequa à grande maioria dos desportistas com Paralisia Cerebral. A nível nacional existem mais de três dezenas de Associações/Clubes inscritos na PCAND, traduzidos em mais de 330 praticantes inscritos.
No plano internacional, o empenho tem sido de tal ordem que, desde logo começaram a surgir resultados positivos traduzidos em muitos títulos e medalhas de ouro, prata e bronze. O trajecto vitorioso de Portugal é uma constante desde o seu início.
Outro aspecto que nos enche de orgulho é a realização de eventos internacionais em Portugal, nomeadamente:
- Dois Campeonatos do Mundo de Boccia (Póvoa do Varzim 2002 e Lisboa 2010)
- Dois Campeonatos da Europa de Boccia (Póvoa do Varzim 2005 e 2009)
- I Taça do Mundo de Boccia (Coimbra 1991)
- Cinco Torneios Internacionais de Masters
- Cross Internacional das Amendoeiras
Por imperativo da Lei de Bases do Sistema Desportivo, da Lei do Financiamento da Actividade Desportiva, bem como na perspectiva de melhorar o modelo de organização e gestão, tendente a uma maior especialização e eficácia das estruturas e recursos, foi criada em 2001, a PCAND, Paralisia Cerebral - Associação Nacional de Desporto, substituindo a APPC - Desporto Nacional.
É de realçar que a APPC aprovou em Assembleia-Geral que todos os bens na posse do Desporto Nacional passassem para a PCAND, para que esta tivesse condições de poder desenvolver a sua actividade. Para este organismo desenvolver o seu trabalho tem sido e continua a ser imprescindível uma forte parceria com a APPC.