O Slalom é uma modalidade que tem vindo a reaparecer no âmbito da competição para pessoas com paralisia cerebral. Apesar da sua relação estreita com o aparecimento do desporto e da sua vertente competitiva, nos últimos anos não tem sido praticada com regularidade.
A modalidade em si consta de uma corrida de obstáculos, percorrida em cadeira de rodas, combinada por três percursos diferentes. Através da criação de dificuldades como rampas, voltas, mudanças de direcção, etc., é exigido ao atleta um conjunto de faculdades físicas – coordenação motora, força geral, técnica, etc. - e não só de forma a efetuar o percurso sem penalizações. Essas penalizações poderão ser: 3 segundos, no caso de pisar riscos e tocar nos pinos; 5 segundos, para derrubes de pinos; e desqualificações no caso de erros nos percursos.
Os principais benefícios da prática desta modalidade prendem-se com a manutenção, conservação e desenvolvimento das características físicas dos atletas com paralisia cerebral, no sentido de lhes conferir maior autonomia e funcionalidade para o seu quotidiano, fomentando o uso das capacidades limites da cadeira de rodas. Nesse sentido, o Slalom é tido como uma circunstância de desenvolvimento físico e pessoal a partir de um divertimento, risco e desafio subjacente que a sua actividade competitiva proporciona.
O Slalom pode ser disputado individualmente ou colectivamente em equipas de 4 elementos (estafetas).
Em termos competitivos, é praticado apenas por atletas com paralisia cerebral e utilizadores de cadeiras de rodas (manuais ou eléctricas). Estão divididos em 5 classes desportivas consoante a funcionalidade motora:
- D1: Atletas com afectação severa. Incapazes de mover funcionalmente uma cadeira de rodas manual. Dependentes de uma cadeira de rodas eléctrica. Nesta classe os atletas do género feminino competem a par com os do género masculino. (CP1)
- D2: Afectação de severa a moderada. Pobre força funcional em todas as extremidades e tronco, mas capazes de movimentar a cadeira de rodas com os braços. (CP2U)
- D3: Afectação de severa a moderada. Pobre força funcional em todas as extremidades e tronco, mas capazes de movimentar a cadeira de rodas com as pernas. (CP2L)
- D4: Quadriplégia moderada ou hemiplégia severa. Bom controlo de tronco ao empurrar a cadeira, limitado por vezes pelo tonús extensor (CP3)
- D5: Boa força funcional com limitação mínima ou problemas de controlo que se observam nas extremidades superiores e tronco (CP4).
Formato da Competição:
Competição Individual
As provas individuais podem ser de dois tipos e funcionam em separado:
a) Percursos cronometrados: constituídos por duas provas, o percurso fixo e o percurso variável. O resultado final é o somatório dos dois resultados (fixo + variável), por classes/ divisões.
b) Corridas em paralelo/ eliminatórias individuais, por classes/ divisões.
Competição Colectiva
Corridas em paralelo/ estafetas de equipas: cada equipa com 4 atletas (de várias classes, cada classe tem uma pontuação e cada equipa não pode ultrapassar os 16 pontos). As equipas podem ser mistas e com suplentes. O percurso é o mesmo das corridas em paralelo individuais.
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